Tudo é (demasiado) Tarde

Já sofreste por sentires a mais mesmo não querendo sentir? É engraçado e assustador pensar como o coração brinca com a nossa consciência levando-nos a sítios e a pensamentos que, embora muitos sejam bons e desejáveis, outros levam-nos simplesmente à loucura e a sofrimento (seja ela pequeno, grande ou médio, embora nao se trate de nenhum café ou refrigerante). Já sentiste necessidade de colocares um pé atrás como defesa com medo da tão aclamada palavra "amor", palavra ou outra coisa qualquer porque por entre as minhas linhas do dicionário essa palavra não existe, existe sim no coração, apesar de não ser compreensível. Todos nós já sonhamos, mesmo que com coisas ridiculamente estúpidas mas de facto já todos o fizemos e eu, ignorante como sou, também sou um tremendo de um sonhador e, mesmo com mais do que um pé atrás sonho, sonho e talvez o coração adore ou se sinta apaixonado em brincar comigo. Para ti coração, que me ouves ou talvez não, espero que brinques comigo e outras

Vou partilhar momentos de escrita com o meu amigo Tiago, rapaz esse que é um tremendo de um ignorante mas ao mesmo tempo a pessoa que melhor me conhece. Somos ambos amantes do ópio e os vinhos é coisa que por aqui não falta. Acendemos um cigarro e vamos partilhando ideias, de tão grandes filósofos que somos e a inspiração apodera-se de cada um de nós, dando ordens por entre as linhas destes cadernos tão sagrados. Observamos a vista como se se tratasse do paraíso embora sim, este seja o "nosso" paraíso. Por ali vamos inventando histórias de amor, trágicas e até, quem sabe, de fantasia (embora eu saiba que nunca fomos bons para esse tipo de coisas/tretas). Passamos horas a fio acordados, enquanto nos rimos e escrevemos no meio de todas as gargalhadas que cometemos embora não seja crime nenhum. Ambos acabamos a escrever textos iguais, com todas as palavras exatamente no mesmo sítio e a pontuação, má usada, em cada intervalo de sufoco que ambos fizemos. E é assim que os no

No silêncio da mesa de jantar Cortam-se palavras por entre estas quatro paredes Onde simplesmente nos limitamos ao "estar" (em vez de ser), Como se estivéssemos presos como peixes em redes. A melodia do silêncio é o "chefe da mesa", Enquanto esta "fala" e tudo à sua volta se limite a ouvir Mas na minha consciência pesa Tudo o que a minha voz, por vezes, tinha vontade de expelir. Tudo como estranhos Tudo com limites Tudo o que mal acabamos Como se nós, os ouvintes Nada esperamos Para voltarmos a ser mártires (do próprio silêncio).

Eu sou o meu maior fã e este é o protagonismo que nunca ninguém me irá tirar enquanto eu próprio sou o protagonista da minha própria história tal como um sábio filósofo dizia, ou era simplesmente um gajo muita porteiro que o fazia? Odeio olhar-me ao espelho e ver a pessoa que sou, aquela pessoa tão espetacular que ali está, a olhar para o meu ser e fica a admirar cada linha de pensamento enquanto pensa e lembra, feliz, do quanto se tornou homem(zinho). Às vezes dou por mim a ler textos antigos, fora de todos os que chego a publicar e, talvez, este seja um daqueles que eu tenho o imenso orgulho em partilhar, e mostrar a porra do meu dom para escrever isto. "Isto - coisas extraordinárias feitas por sábios pensadores e por gajos muito porreiros" (se não percebeste que sou eu, além de seres um tremendo de um burro e não teres tomado atenção nenhuma, não me deves mesmo conhecer). Não sou demasiado orgulhoso, sou apenas realista sobre certos assuntos e o facto de ser um tremend

Como te sentes quando sentes a mais? Estou farto embora cheio de vontade de escrever perguntas aleatórias por aí, sejam elas por entre estas paredes do meu quarto ou as paredes por onde vou passando, enquanto me deparo com a dor de ser consciente e releio Fernando Pessoa novamente. Estou demasiado triste para conseguir transmitir algo por isso tudo o que vou escrevendo vou fingindo até que tu, que lês este tremendo desastre, sintas aquilo que meramente imagino, e partilhes finalmente desta dor imensa de ser consciente. Não sei como me sinto quando sinto demais, mas só sei que nada sinto quando me fazem sentir menos do que quero. Posso não ser o mestre das palavras e posso até nem ter inventado a língua portuguesa mas inventei o meu ser, com os planos e ensinamentos de outros, tornando-me assim, cada vez mais, senhor de mim próprio, sentindo demais por entre este coração tão bonito e carinhoso (e mando o mundo à merda se não admitirem a minha auto-estima). Tornei-me melhor com o

Sabes o poder do teu sorriso? Eu sei e acredita que preferia não o saber. Nem sabes o quanto sorrires me deixa mais apaixonado, o quanto me deixa louco e por vezes dou por mim e tentar encontrar-me no meio dessa loucura tão vasta mas ao mesmo tempo tão linda. Não te podes considerar uma deusa, nem eu te deixo o fazeres mas tens noção do sorriso lindo que tens? Eu tenho noção e é por isso que rasgo a minha cara para te dar resposta, com o sorriso mais genuíno que te posso dar. Tens o sorriso mais suave que possa haver não sabes? É com ele que por vezes voo um pouco, e voo daqui para fora em direção à lua e volto novamente no espaço de segundos só para poder retribuir nem que seja o pouco desse sorriso que tu me dás. Gostava que sorrisses menos sabes? Ou que pelo menos sorrisses às escondidas do mundo, só para ter mais um pouco desse teu sorriso para mim e tenho um medo tremendo que o mundo te faça perder esse mesmo sorriso porque com toda a certeza do mundo iria perder grande parte

Conheci um senhor numa taberna, este já com os seus setentas e tais e acabamos por falar sobre o amor, enquanto mandávamos vir mais um copo ou outro. Este senhor contou-me a sorte que teve em ter a mulher com quem casou e que falecera fazia naquele dia 5 anos. Falou-me de todas as suas aventuras e desventuras, amores perdidos e como ele esteve perdido por amor e, de facto, ainda está e não há nada mais verdadeiro que o olhar de um apaixonado. Toda esta história me comoveu e enquanto o álcool já ultrapassava o nível da cabeça e me levava a céus inalcançáveis eu lá contava as minhas histórias, como a criança que ainda sou. Não me esqueço de uma única palavra deste Senhor, talvez fosse da sua força que o mesmo transmitia a mim, talvez seja por mera estupidez ou inteligência mas na verdade tudo aqui ficou guardado e embora os seus olhos não sejam os meus, os meus dedos tentam descrever esta linda história. Por ali ficámos durante horas a fio, enquanto nos riamos de loucuras cometidas

Ama-te primeiro em vez de te focares em amar o próximo. Num texto com umas quantas palavras escrevi tudo o que de mim pensava, quer qualidades quer os meus maiores defeitos e, para além de com o passar do tempo ter tentando corrigir muitos deles, e analisei todo o meu ser, desde a parte mais obscura à mais brilhante delas todas, mais brilhante ainda que um olhar apaixonado. Olhei-me ao espelho em busca de me perder enquanto me fixava nos meus próprios olhos, a tentar entendê-los e com a mínima esperança que eles me dessem alguma resposta e na verdade deram, resposta aquela que eu encontrei depois de observar, com todos os meus sentidos, o mundo. Aprendi a valorizar o meu ser, a ser feliz através das minhas vitórias, das minhas guerras e através de muito sofrimento, não só por todos os erros que cometi mas também por maluquices que a própria idade apela a cometer. Na verdade hoje sei que dependo de mim próprio, e de mais ninguém, sou senhor de mim e toda a felicidade que exista, q

Um brinde à vida antes que a vida não te deixe mais brindar. Um brinde às pessoas que partilham bons momentos comigo e que fazem para que momentos sejam considerados isso mesmo: "bons". Um brinde a tudo o que de bom virá e que de mau ficou, ficou para brindar a novas aprendizagens. Um brinde a todo o ódio e, mesmo assim, a todo o amor que existe pelo mundo fora porque sem a conjugação dos dois nenhum dos mesmos existia. E por fim, embora para começar, um brinde à vida, por mais merda que aches que possa ser, por mais que metas na cabeça que tudo é um "bando de tretas" e que aches que vives num maldito inferno, um brinde. É preciso pensar para além do positivo, imaginar o bom, planear coisas boas, provocar coisas boas e finalmente, viver (isto tudo numa fração de segundos). Não é fácil fazê-lo e quem sou eu para ensinar como os professores ensinam, se eu sou um estudante pela escola da vida. Por isso façamos um brinde, aos filhos, pais, avós, heterossexuais, g

"Este texto não foi escrito por mim, foi escrito pelo mundo à minha volta". Escreve o teu mundo tal como ensinas os teus sentimentos e lembra-te que o caminho és tu que o constróis, tijolo a tijolo, pedra a pedra e mesmo para fazeres alcatrão não podes ser um mero preguiçoso, tens de superar os teus limites/defeitos para seres alguém na vida que, como muitos dizem, é para ser vivida. Não busques o inalcançável, busca apenas a tua felicidade, aliás, cria-a, não só por seres dono do teu mundo mas sim porque o facto de seres dono dele mesmo demonstra a força interior enorme que aí tens dentro, nesse cofre fechado a 7 chaves. A perfeição não existe mas cada um está demasiado perto da perfeição à sua maneira e serás um tremendo de um perfeito se tiveres percebido tudo isto à primeira (não existes mesmo). Apenas lembra-te que, apesar de te mandares para o fundo, e mesmo com todas as mãos que lá estejam para te ajudar a subir, os teus melhores amigos serão a tua força de vontade

Deixa o vento entrar pela alma dentro enquanto te "esfolas" e "esfolas" com todas essas dores da idade (psicológicas). É demasiado importante deixar o vento fazer esse mesmo trabalho (entrar pela tua alma dentro). Serás para sempre um evento de um ignorante se não aceitares que essa coisa "surreal" te aconteça porque na verdade acontece, mesmo que nem tenhas noção disso. Durante as eternas noites de pensamentos o "mundo" despejou-me todos os meus erros cometidos, apontou-os no quadro e sem dizer nada ofereceu-me um apagador e eu, inteligente como sou (embora saiba usar a ironia da força mais perspicaz e estúpida que existe como acabei de o fazer neste momento) apenas percebi o porquê desse mesmo apagador. Relembrei todas as histórias do meu passado, desde a procura do caminho para a saída do fundo até às minhas piores decepções e, por mais que não queira, aprendi com esses momentos e talvez faça o mundo sofrer por ser tão sábio como sou hoje (