Tudo é (demasiado) Tarde

Aprendi que a vida estará sempre ao teu lado, sem te dizer para onde deves seguir, nem que estás prestes a cair no buraco mais fundo ou que acabaste de encontrar a porta da felicidade. A vida estará lá para se rir de ti quando errares e estará com um sorriso meio rasgado quando, mesmo que por momentos, fores feliz. A verdade é que todos nós já fomos felizes, inconscientemente ou conscientemente, mas na verdade já o fomos, mesmo que por breves momentos já o fomos e somos uns enormes de uns mentirosos se dissermos o contrário. A felicidade é algo sem uma escala, sem metros, centímetros ou "merdimetros". A felicidade é a coisa mais inexplicável existente à face da Terra (fora o amor) e para o raio que os parta quem tente arranjar uma explicação. Não há matemática nem uma ciência qualquer que defina isto, só existe quem descreva os momentos em que a sentiu e eu, estando feliz, abordo-a, como se fosse o mestre destas "merditas" todas. Só digo "babuzeiras" qu

Já acabou mas felizmente tudo tem um começo e um fim, e eu estou pronto para uma nova história, até que, na maior das minhas dores, a termine. Escrevi um último poema como se idolatrasse alguém que acabara de morrer. Escrevi a última declaração de amor como se o amor tivesse um final sequer. Escrevi a última fala da personagem que, por mais que tivesse muito a dizer, acabara o seu "último ato" por ali. Meti o último ponto final no texto que mais me entristecia e me irritava, mas ao mesmo tempo me preenchia, apenas com o objetivo de acabar, acabar por ali com esperança de começar algo novo. Nós somos uma história, mal contada e com os diálogos todos desorganizados (puro improviso), esperando que algo nos indique o caminho a seguir, como a estrela no céu guiou os três reis magos, embora no fundo saibamos que a estrada que percorremos é nossa e apenas nossa. Desde pequeno que o meu pai me dizia: "Eu dou-te a cana de pesca mas tu é que tens de pescar". Vou ser com

Esta é a dor de alguém que escreve o sofrimento que sente em livros amontoados pelo pó em busca de serem lidos e relidos até que esse tão grande sofrimento passe a meras histórias contadas a crianças que adorem histórias de terror. Estas vivências não passam disso mesmo e passo estes dias a pensar na beleza da morte, crua e fria, enquanto deixo mais um cigarro a queimar e mais um copo na mesa de cabeceira. Deixei-me adormecer por entre 4 paredes com todas as memórias pintadas entre elas e observei-as como se tivesse voltado a ser uma pequena criança. Hoje limitam-se a ser isso mesmo embora o cheiro da saudade ainda por aqui tresande e não me deixe abrir a porta. Tenho um monstro, é o meu pequeno animal de estimação, e dorme comigo todas as noites, agarrado a mim, e impede-me de me soltar dos lençóis enquanto me invade todos os pensamentos e busca o final do poço, até que um dia o encontrou e me repete todas as noites a mesma frase (é demasiado obscura para ser transcrita). Sinto-m

Por vezes custa olhar para trás e ter arrependimentos, arrependimentos de algo que se deixou por fazer. O Passado é demasiado macabro e todos os dias entra em luta com o presente enquanto o futuro permanece nas incertezas e a vida é isso mesmo, macabra e cheia de incertezas. É uma treta (aliás, uma merda mesmo) haver sofrimento enquanto existir o sentimento do amor mas esses os dois, por mais estúpido que pareça, andam sempre a passear de mãos dadas, a definir as tuas escolhas enquanto vês o mundo a rodar através da tua "força". A resposta que procuro é porque espero, ou porque não esperei mais ainda, mais ainda por algo que nunca chegou e que nunca chegarei a saber o que, de facto, podia chegar. Desisti de vir passear e deixar as minhas pernas fluírem por essas estradas e decidi agarrar-me ao volante enquanto vou sofrendo com esta "Dor de Pensar" e imaginando como a minha vida seria se me limitasse a observar e a admirar a natureza, ou talvez se me limi