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A mostrar mensagens de fevereiro, 2019

O Minotauro e o Labirinto

Entra pelo labirinto e arranha as paredes com as tuas unhas, essas paredes frágeis, uniformes, que te aparecem pelo caminho e tu, por onde passas, destróis. Percorres todos aqueles caminhos, uns armadilhados e outros feitos contra o teu gosto mas mesmo assim tu por aí vais, ecoando a tua respiração transformando-a em arrepios de medo e alguém, à tua frente, continua a fugir, não com medo da morte mas sim com medo do sofrimento. Podes me chamar de Minotauro, mas eu cá não guardava a floresta, nem sou imaginável, e contra ti só fugi, escondi-me e nunca procurei pela saída, já nem acreditava que ela existia, e joguei contigo todos os jogos que tencionas ganhar, e sempre com uma vantagem absurda. Fui um mau jogador, e um dia chegaste a arranhar-me, e cá me marcaste as tuas unhas como quem espeta uma faca por entre o coração. Dei-te o nome de Diabo, Embora te tivesse considerado o meu Deus, E com um pedaço da minha pele foste embora E nem oportunidade me deste para um "adeus&quo

Senta-te e pede um café

Senta-te e pede um café, um café com um toque de harmonia. Foi assim que fiz, já com toda a rotina, fui ao café mais banal da zona, com uma ou outra música para me acompanhar pelo caminho e na mão levava apenas o vazio, tão saudável e tão infeliz ao mesmo tempo, esse vazio que mesmo pouco, me preenchia. Sentei-me no café, na mesa do costume, e com toda a boa disposição que me toma por cada vez que passo por entre aquelas portas da entrada cumprimentei a senhora do costume, e ela, já velha, acostumada ao meu pedido, apenas perguntava: "É o de sempre?" E eu, apertando o vazio que me passava por entre os dedos, acenei com a cabeça, com um leve sorriso no rosto. Comecei a pensar, não com toda a inteligência que ao longo dos anos fui adquirindo mas sim com a inteligência (variada) de analisar o mundo e não me limitar apenas ao meu e por certo tempo ali fiquei, como se a mente me fugisse, os olhos fechassem e o corpo ali ficasse, à espera do café. Chegou o café e apreciei-o tod