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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

O meu mundo de pernas para o ar

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Estou a escrever porque me esqueço e todas as palavras deixam de ter sentido, - Porra para esta puta de vida a minha -. Encontro-me de pernas para o ar, não no sentido literal mas sim no sentido de estupidez porque tudo isto não passa disso mesmo e tu que estás a ler isto és totalmente incluído nisso mesmo, estúpido. Coragem é continuar a ler, quer seja isto ou aquilo, "a" ou "b" porque nada faz sentido e se tentas encontrar algum sentido neste texto desiste, nem eu próprio encontro qualquer sentido. Faço isto enquanto faço pausas nos romances que leio enquanto peço um chá que tanto odeio, só com o objetivo de odiar ainda mais romances. (Isto tudo no espaço que mais odeio) Enquanto procurava, não intencionalmente, o sentido das coisas fingi ser adulto (porque na verdade nenhum de nós deixa de ser criança) e caminhei devagar, apreciando as "contas" da vida, ouvindo a (despesa da) água, olhando para a (monstruosidade da) luz e acendendo um cigarro com u

Carta a ninguém

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Carta a ninguém. Esta é a carta a ninguém, Esse ninguém que nele todo é perfeito. Esse ninguém que no além, Longe se encontra no meu peito. Ninguém, porque te foste embora, Apegado a mentiras partiste por este mundo fora. Provavelmente burro sou, Enquanto o Diabo o próprio ódio usou. Sou um ser nojento é um facto, E faço das tuas palavras a minha oração. É sem medo que eu declaro, A tua tremenda perfeição. Procurei o "Tiago" em ti, Antes disso era perfeito. Já o ditado o dizia, Ora ora, "ninguém é perfeito". Orgulho ajudei-te nas malas, Despedi-me de ti com um virar de costas Hoje é pelas memórias que te recordo E por elas que fecho outras "portas". Hoje sou um "ninguém" feliz Outrora fui "Tiago". E admito que por um "triz" Não morri apaixonado.

Ser irracional

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O sistema é invencível e eu tornei-me mais umas quantas páginas em branco, enormes pacotes de folhas. Pintei umas quantas paredes com o tom mais apelativo mesmo sem que alguém o percebesse, sequer. Escrevi uns quantos livros, com enormez erros otrograficos mas mesmo assim fui invencível e um autêntico "expert" na matéria, sem sequer ter ido a uma única aula. Ensinei sobre a vida e expliquei o seu significado com o meu maravilhoso dicionário que está por ser inventado e por ali fui, estrada fora, caindo e quem sabe, bebendo mais um copo. Desliguei o telemóvel, com a esperança que me ligassem embora não desejasse nenhuma dessa atenção e não é que me ligaram mesmo? "- Boa tarde, estou com a falar com o Sr. Diogo?" "- Não, é engano." E assim, sem mais nem menos nem intermédios fui por ali, dando voltas e voltas a este ciclo imenso, e que belo que era. Já estou atrasado para a minha aula de artes, tenho de ir escrever um livro sem objeto de escrita enq

Estou a ouvir vozes

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Oiço vozes que me dizem para perder. Oiço essas vozes, como se o silêncio comigo brincasse enquanto de mente aberta sugo todos os pensamentos por entre esta noite, espreitando pela janela observando todas as luzes, refletidas. Oiço essas mesmas vozes que me dizem para perder e quem sabe? Perdi? Perdi até bastante enquanto fui ganhando como se eu próprio fosse um jogador, sem qualquer representante, avançando "casas" e "casas" enquanto procurava o sentido do próprio jogo, burro. Oiço essas vozes como resposta, resposta essa a todas as mensagens que por aí ficaram, sem qualquer resposta alguma. Por isso mesmo continuei a sonhar e fechava os pesadelos numa caixas, com um pequeno laço de esperança para que, um dia, a abrisse e sentisse a maior alegria deste mundo. Já viste? O quão feliz sou eu a sonhar. Oiço estas vozes e distraio-me de textos, declarações e pedidos de desculpa mas como eu gosto delas, nunca se foram embora nem nunca me sujeitaram aos meus maiores d

E lá vou eu

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Enquanto procuro por entre a noite, por entre todas as minhas viagens ao volante e por entre todas as minhas garrafas de vinho que levo, procurando caminhos e o caminho certo para seguir, improvisando. É enquanto por aqui ando, que escrevo, que escrevo e continuo as minhas histórias por entre vírgulas, sem qualquer parágrafo e peço à vida que me agarre e ao mesmo tempo que me liberte desta trela. -Estou acorrentado por ti mas é por ti que por aqui ando, procurando o caminho- Lá vou eu e porra, caí, caí ao ouvir a tua voz, não doce nem com qualquer pedaço de beleza mas com a simples razão de que eu gosto de ouvi-la e nem sequer me perguntes a razão para tal, simplesmente gosto. Pago-te um ou outro café, não com a esperança que retribuas mas sim com a esperança que sorrias, e eu cá me rio as gargalhadas enquanto penso sobre isso. -Ai que bom que esta treta é, e honestamente dá-me a volta a cabeça- Agora fujo, fujo para bem longe de volta no meu carro enquanto deixo a minha nota em

Paulo, dia 34 de dezembro

Prazer para todas as coisas deste mundo, simples e totalmente satisfatório enquanto vou descobrindo a vida por entre estas ruelas, estreitas e com o poder de me fazerem inspirado, feliz e satisfeito. Sento-me no café, com um ou dois cigarros em cima da mesa e com mais um livro acabado, perdido entre todas as páginas do meu ser e encontro-me novamente por entre todo este céu azul enquanto as nuvens passam e levam a vida com elas e eu? Eu apenas as observo, sem pressa para as apanhar. Salto para o poço da vida, enquanto, como professor, ensino(-me) a ser mais feliz com coisas poucas, poucas que fazem o mundo, o meu mundo. Escrevo mais uma história de amor, ou até um conto, ou um pecado (poema) tentando encontrar, involuntariamente, o significado de amor enquanto dele fujo e imploro para ele não me apanhar porque na verdade assim sou feliz, vendo a vida passar enquanto eu, sozinho, aqui fico, passando com ela. Paulo, dia 34 de dezembro

Tiago, e apresento-me

Sou o Tiago embora não me apresente como tal mas sim como o sonho que sou, dependente do mundo, embora livre dele mesmo, feliz com a minha maneira e triste com a maneira de outrém. Por aqui vou brincando, ouvindo o som do mar enquanto sobre amor escrevo e eu que "odeio" o amor, mais do que ele me odeia a mim pois o meu desejo carnal é deveras inferior ao meu desejo psicológico, que me atrai e me afasta num pequeno abrir e fechar de olhos. Sou só mais um, enquanto decido vaguear por todo este ser complexo, por toda esta mente que desejo compreender mas só um dia irei fazê-lo e esse dia é o dia, está para breve, espero, ou talvez não esteja mas a ti, mente, que interpretas isto, até breve. Agradeço ao meu amigo por me ouvir e "Diogo", isto não é uma carta para ti, nem sequer uma lista de coisas pelas quais eu te agradeço. Apenas escrevo isto para utilizar palavras caras e para me ajudares a encontrar o meu amor, tu que sempre tiveste mais prazer e amor nas palavras