Tudo é (demasiado) Tarde

Hoje comentaram que tinha jeito para escrever sobre o amor, será por o ter sentido? Cá por mim resta dúvidas mas antes senti-lo que escrever sobre ele sem sequer alguma vez ter sentido essa chama enorme que é o "amor". Talvez tenha passado o tão chamado "amor", talvez tenha, mas quem somos nós para dizer que o que alguma vez sentimos foi amor, quem coloca as mãos no fogo para me explicar qual o significado do amor? Aquela merda quente que desperta (tretas de um homem, talvez, que não sabe se o que alguma vez sentiu foi "amor"). É importante que todos o descubramos, que nos aventuremos em busca dele, com o maior dos nossos esforços e com a maior das nossas forças até que algum dia, acreditemos que aquilo que temos à frente dos nossos olhos seja amor, aquele mais puro, aquela pessoa que nos faz sentir vivos, mais que vivos, cegos, e que nos faça sofrer como o raio que nos parta e que lá esteja no final do dia, para "massajar" as nossas dores

"Com as suas últimas forças fez-me chorar mas enquanto procuro todos os momentos partilhados entre nós os dois só encontro felicidade e aí choro, choro mas com uma imensa saudade". Sempre me acompanhaste desde criança e até ao dia de hoje me lembro de todos os nossos passeios, todas as nossas corridas matinais e todos os nossos reencontros após semanas de férias separados. Este texto não remete para uma pessoa mas sim  um cão que guardo a mais pura amizade até hoje , e sei que, enquanto a minha memória não falhar será sempre o meu melhor amigo, sem falhar uma única vez e a quem, sem qualquer julgamento, poderia guardar e contar todos os meus sentimentos para que me apoiasse com o carinho que só um cão pode transmitir. É assim que me lembro. "Estrela" era o teu nome e, com um gesto de inocência, lembro-me do dia em que decidi "chamar-te" como tal e hoje continuas a ter esse nome e embora não estejas na "Terra" serás sempre um Estrela n

O Diabo fez de mim o seu escravo e Deus deu-me o poder de ser feliz, mas à minha maneira. Deitei-me no jardim, com o meu cigarro das duas da manhã na mão, uma bebida quente ao lado talvez, ou fria embora já não me lembre bem. Deixei o meu cigarro queimar, do início ao fim, a observar as pessoas no caminho, casais felizes que trocavam carinho sem se darem conta da minha presença e pude admirar as coisas boas deste mundo, tudo isto enquanto deixava o meu cigarro queimar pelo tempo fora. Lembro-me de olhar para as estrelas e de responder-lhes com os meus olhos que brilhavam enquanto sentia a brisa da noite a passar-me no pescoço como um gesto frio por entre as Mãos do Diabo, e decidi não deixar algo tão suave e simples assim, passar. Coloquei os meus apontamentos no bolso, apontamentos nos quais tinha escrito histórias de amor, terror e fantasia e deixei-me levar com os pensamentos, abstractos e outros profundos enquanto através das memórias do passado lacrimejava como alguém que se

Fiz das minhas palavras os meus gritos de prazer e das minhas pontuações as pausas entre os toques de dois corpos. Entre duas paredes descobri o sexo e o amor e juntei cada peça de cada um deles, até que encontre alguém que dê amor, amor e apenas amor até que o sexo seja banalizado, ridicularizado e deixe de ser algo existencial. É banal falar em prazer. Prazer existe em todos os cantos, e não apenas nos cantos da cama. Prazer existe por todo o mundo fora, desejoso de conhecer alguém que o receba de braços abertos e que não desista dele, com todo o significado que ele tem. Sou o sonhador de prazer, de conhecê-lo em todas as suas formas e poder, talvez um dia, usufruí-lo da mesma forma como desesperadamente desejamos algo com esperança que algum dia essa mesma esperança se torne algo real. O meu prazer é criar prazer, todo o prazer mais puro que possa existir, fora de sexo, camas e longos períodos de desgaste emocional e cardíaco com tanto gemido e suspiro. É esse o meu desejo

Conheci a história de Tiago. Tive o privilégio de conhecer alguém tão bondoso, amigo e um enorme confidente mas alguns anos depois que me deu a conhecer a sua história de amor, aliás, o primeiro amor. Falou-me sobre uma rapariga, que aos seus olhos era o tão aclamado "amor á primeira vista" e que nunca tinha sentido algo assim por ninguém e que até hoje nunca voltou a sentir. É uma história comovente, e eu que nem sou fraco de coração chorei, chorei e choro por cada vez que me relembro. Tudo começou no início do 11° ano com um simples cumprimento no corredor das salas de aula entre eles os dois. Eles apenas se conheciam de vista e mal imaginam a história que a partir dali começaria. Através de um certo amigo ele conheceu o tal "amor", a Joana, e desde a primeira vez se rendeu ao seu sorriso, "encantador" como ele referia e, por alma do Diabo ou de uma força sobrehumana qualquer, Tiago arranjou coragem para lhe dirigir algumas palavras e, sendo um rapaz t