Sem título
Não há mortalhas para me fazer ir além, nem chama para me manter ativo. Existe simplesmente o ar que entre mim vem buscar tudo aquilo que ficou apenas para o meu espírito. Deitei-me em frente a casa, com toda a vontade de ir partir por aí, em buscar do improvável e do apenas imaginário mas por ali fiquei, com mais uma ou outra coisa presa na cabeça, como todas as outras que, de certa forma, me fazem escrever. Agarrei em alguns trocos que encontrei na mesa de jantar e decidi ir em direção a um café, perto do rio, perto do sítio que me faz fluir a imaginação e ficar fértil de pensamento e por ali fui, em busca de algum sítio de paz, desligado do mundo e entrando num mundo novo, o meu mundo. Fiquei vidrado enquanto escrevia, era eu que ali estava, e apenas eu, e criei as minhas orações de perdão, orando e pecando enquanto escrevia o meu contrato de liberdade e, mesmo sem o acabar, por breves momentos, fui livre. Sinto-me preso, preso sem qualquer objeto que me faça estar assim, tão de