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A mostrar mensagens de maio, 2018

Diz-me que a minha falta te faz falta

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Diz-me que a minha falta te faz falta e talvez acabe por voltar. Pensei em acabar enquanto começava, talvez por meio de pensamentos pesados e profundos, talvez tão profundo como este excerto, ou história. Perdi muito tempo a inventar histórias enquanto apagava nas cinzas aquelas que podia viver, e por falta de coragem matei-as mesmo antes de as começar, como uma pintura inacabada por falta de materiais. Escrevi histórias enquanto a minha ficava por contar ou ficava por escrever. Ainda tento perceber isso mesmo e talvez esta história nem seja minha, ou talvez até seja mas perdi o poder de viver histórias com esta velhice, não física mas sim psicológica. Foquei-me demasiado em algo sobre-humano, inexistente, e acabei por deixar a minha falta aqui na Terra e escrever este texto do Além porque, como em todos os meus excertos eu admito que sou Deus, o mais puro de todos, embora um tremendo idiota, idiota simplesmente por deixar a falta apoderar-se de tudo e será que essa falta faz falta

Estou com uma enorme vontade de ti, dás-me?

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Estou com uma enorme vontade de ti, dás-me? Vontade talvez seja pouco, talvez seja muito mas pelo menos partilha um pouco do teu ser comigo, talvez me sinta completo, talvez não, mas pelo menos dá-me, enquanto de ti precise. É um enigma falar sobre desejo carnal, aquele desejo de pulsação, suspiros e "viagens" mas o maior enigma de todos é decifrar, por entre todas as linhas do corpo, o coração. "Estamos tão longe embora tão perto", frase aquela que deixa que pensar mas que só quem sente sabe do que falo, e eu cá estou, longe de escrever como José Saramago escrevia mas perto de decifrar esta frase tão estúpida como filosófica. "Estou novamente com vontade de ti" embora na verdade não queira e me limite a estar longe, longe de corpo mas sempre perto de coração e que enigma será este que com os segundos a passar apenas se torna mais um enigma do próprio enigma. Sinto que a minha escrita se torna sinônimo de confusão e a minha cabeça o meu sinôni

Encontros Noturnos

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Encontrei-me novamente à chuva (de pensamentos) e procurei a cura da loucura enquanto escrevia a minha carta de despedida com esperança que se tornasse realmente numa despedida. É inútil deixar coisas subentendidas mas o que torna isto ridículo é a falta de coragem que, de mim, existe em conseguir transmitir os meus pensamentos, estúpidos ou não, transcrevo-os a sonhar que consiga fazê-lo. Estas frases tornam-se complexas, tal como o meu pensamento, "sítio" o qual se torna difícil descodificar quando encosto a cabeça na almofada e me limito a olhar para a parede branca no meu quarto, limpa de todas as memórias e mais algumas e com todos os erros alguma vez cometidos pela pessoa que outrora fui e de certa forma ainda o sou. A pontuação torna-se uma chave, com códigos minúsculos que vou criando enquanto divago com o meu corpo fixo por debaixo dos lençóis. Gostava de criar, criar mais, ter mais inspiração, arranjar (de alguma forma) mais motivação para acordar a cada

Carta a um Amor inexistente

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Isto é uma "meia" declaração de amor. Meia porque não há melhor declaração como aquela que é espontânea e olhos nos olhos. E meia pois amor é vago mas acredito que seja isso que descreve o que sinto. Já acreditaste alguma vez no amor à primeira vista? E à segunda? Ou já acreditaste que sentias amor por alguém quando não tiveste nem um único momento banal (como quiserem entender) até ao momento? Talvez seja amor, talvez seja amor mas sem algumas palavras, atos ou simples letras mas sei, e sinto na verdade, que algo está presente e me chama, aquece e aperta quando por algum motivo me lembro de momentos em que fiz sorrir esse alguém. É tão precioso todas essas coisas que todos esses momentos eu guardo no coração e revivo mil e uma vezes no pensamento. Gostava de lhe mostrar estas borboletas no estômago, não de fome mas de nervosismo, de uma vontade imensa em partilhar a sua companhia nem que fosse ir breves passeios em sítios aleatórios apenas para contar histórias do d

Choviam demasiados pensamentos

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Hoje chovia, mas chovia muito mais que uma simples chuva, chovia demasiados pensamentos. Não suporto rotina, nem suporto deixar o tempo perder, ele que se perca sozinho enquanto busco algo de extraordinário, surreal, e torno os meus sonhos reais e não simples sonhos porque esses limitam-se a imaginar enquanto eu próprio me limito a "ser" o real. Enquanto passeava o corpo, era os pensamentos que me faziam afogar na noite. Ouvia vozes em torno de mim, por toda a parte, calmas e seguras enquanto me guiavam por todos os becos no meio da cidade e por ali andava, perdido mas ao mesmo tempo encontrado por todos os pensamentos. Era só mais um ali, talvez com um gesto meio idiota por ali andava, sem rumo mas com toda a minha bagagem na mente, a refletir não sobre o mundo mas sobre quem era, sou e até mesmo quem serei. Coloquei os auriculares, como quem quer aprofundar os seus pensamentos mais profundos e sentei-me, na rua mais escura que por ali havia a sentir a chuva por