Olá querida amiga

Encontramo nos novamente no escuro, nesta mente fechada a sete chaves enquanto me sussurras ao ouvido que a minha voz melancólica te satisfaz.

Nunca fui bom em teatro, nem sequer algum dia serei bom a decorar falas, logo eu que adoro improviso, e por isso te escrevo, novamente. 

Não tenho intenção de me relembrar da última carta que eu te escrevi, por algo motivo, aquela tinha tudo para ser a última, mas se Deus existe, Ele pediu me para a rasgar e falar dela com um enorme sorriso no rosto.

Sabes que quando te escrevo não é pelos melhores motivos, apesar de por vezes me deixar feliz pensar em ti.

Já fazia imenso tempo desde a última vez que me bateste à porta e vinhas acompanhada por uma amiga, amiga essa que eu já conheço de consciência e de coração, e quiseste me levar a passear, a ver as estrelas mais de perto e até hoje recusei.

Espero que me abraces com esse abraço tao doce e ao mesmo tempo amargo porque só tu conheces a doçura e a amargura da vida e espero também que me ensines, mais uma vez, a olhar além do céu, além de mim e além do mundo.

Hoje pensei em ir passear contigo, ponderei esse passeio, talvez me faça bem, mas enquanto não me bateres à porta novamente eu por aqui fico, escrevendo cartas que guardo por baixo da cama, com uma pequena lembrança tua.


Com ódio e saudade

Diogo

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