Loucura ínfima

Parti em busca da perfeição nas mais ínfimas coisas, desligado do real e ligado a outro mundo distante daquele banal, daquele mundo que se sobrevive e deixa de se viver.

É tão belo estes poemas, e eu torno-me aprendiz destas palavras que por ventura se tornam rimas e eu ainda acho uma certa piada delas, pela loucura que tenho.

Sou um louco e isto não se tornou em nenhuma qualidade ou defeito meu, apenas sou um louco, louco por estas coisas ínfimas, pequenas e belas pelas quais todos os dias me apaixono e desejo me apaixonar cada vez mais, só mais um pouco.

Só mais um pouco como se fosse um pedido de socorro pela necessidade da presença de alguma amada minha (logo eu que sou um amante nato).

Deixo agora a minha loucura por entre o cheiro (nojento) deste cigarro, que ao invés de me dar prazer prolonga as minhas memórias e controla todo o meu corpo através da necessidade de sentir um bafo, meio doce, a sair por entre os meus lábios, lábios esses que já eram doces por todas as histórias e aclamações de amor.

Hoje, hoje esses lábios só demonstram ainda mais a minha loucura.

Paulo, 71 de Dezembro

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