É quando deixas tudo ir que tudo vai

É quando deixas tudo ir que tudo vai.

É quando deixas tudo ir que tudo vai, mesmo que prestes a chegar ao limite, e tu dizes um "adeus" enquanto preservavas aquele "até já" como ninguém.

É quando deixas tudo ir que tudo vai, e tu mudas, sem sequer quereres fazê-lo, e até a tua cara deixa de ficar corada de nervosismo, e isto, amigo, só acontece quando, na verdade, deixas tudo ir.

É quando deixas tudo ir que realmente refletes, e tudo vai, vai sem qualquer amargura, simplesmente com o prazer de ir porque assim deixaste, nunca sendo tu uma prisioneira.

Deixa tudo ir, e assim vai, com a coragem que nunca teve, com os olhos que nunca teve e com o sorriso que nunca rasgou.

É assim, quando deixas tudo ir que tudo vai, porque a presença é significante sim, acordar com um sorriso rasgado pela manhã é maravilhoso sim, mas já alguma vez alguém soube caracterizar a saudade? Aquela saudade pura que corrói, que provoca mais um milhão e mais alguns quantos sentimentos que mesmo tentando descreve-los torna-se obsoleto?

Deixa tudo ir e é aí que tudo vai e tu realmente vens, porque por vezes só sabemos ter quando passamos à forma verbal: "tinhamos".

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Loucura ínfima

A um Grande Amigo

Palavras para Prazer