Uma imensidão de Histórias

É uma imensidão de histórias e enquanto eu descanso no meio das ruelas, sentado, aguardo novas histórias, novos contos e novas aventuras e com isso permito-me conhecer mais um pouco do mundo.
Abro os olhos pela manhã, com a fraqueza de quem correu uma maratona mas daí levanto-me, esforço-me para sair da cama e olho pela janela, admirando a boa paisagem que por mim foi proporcionado e ali fico, por uns breves momentos, fixado em algum lado embora em lugar algum.
Vou para a cidade, deambulando como Ricardo Reis fazia por Lisboa, aceitando o destino mas eu, ignorando a morte.
Sinto a brasa do calor na minha pele, ela que fica mais seca a cada passo que dou e eu, eu que sinto o calor da mesma forma que sinto os pensamentos a entrarem-me por entre o corpo inteiro, pelas veias, até que o coração me diga o que fazer com eles mas enquanto isso, por aí vou, sentindo.
Evito parar em cafés, não por não gostar de ter o calor da companhia das pessoas que lá estão mas sim porque estou a perder tempo, e o tempo parado enquanto leio mais um ou outro jornal é apreciativo e o melhor de ser apreciativo é conseguir apreciar-me a mim mesmo.
Ignoro o relógio, porque recuso-me a controlar o tempo perdido, os arrependimentos por aquilo que deixei por fazer e aquilo que irei deixar também.
Não volto para casa como pessoa, volto como espírito. A minha consciência já não é o que era desde o momento em que saí de casa mas acredito que amanhã farei a mesma coisa, só o meu coração será capaz de responder a isso.

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