Olha-me

Olha-me por entre a minha alma.
Descobre todos os desejos de sangue que sinto.
Olha-me com a imensa calma,
Enquanto sobre ti escrevo e pinto.

Fixa os meus olhos do Diabo,
Enquanto abro estas asas de anjo.
Pratiquemos o ato,
Com todo este sangue brando.

Fixa-te mais uma vez
E descobre todas as respostas.
Somos mais uns quantos "quês",
Sem pressas nem demoras.

Somos toda uma infinidade
E com alma pura me apresento.
Por entre toda esta efemeridade
Todas as minhas desventuras te descrevo.

Acenderemos mais uns quantos cigarros
Por entre toda esta noite vadia,
Deixai-me por toda esta infinidade
Com toda a minha mente vazia.

Acabo mais um cigarro,
Com mais um outro copo na mão.
Escreverei até que se faça tarde,
Mesmo que contigo não haja um não (para todas estas horas que por aqui passarão).

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