Dor de alguém

Esta é a dor de alguém que escreve o sofrimento que sente em livros amontoados pelo pó em busca de serem lidos e relidos até que esse tão grande sofrimento passe a meras histórias contadas a crianças que adorem histórias de terror.

Estas vivências não passam disso mesmo e passo estes dias a pensar na beleza da morte, crua e fria, enquanto deixo mais um cigarro a queimar e mais um copo na mesa de cabeceira.

Deixei-me adormecer por entre 4 paredes com todas as memórias pintadas entre elas e observei-as como se tivesse voltado a ser uma pequena criança. Hoje limitam-se a ser isso mesmo embora o cheiro da saudade ainda por aqui tresande e não me deixe abrir a porta.

Tenho um monstro, é o meu pequeno animal de estimação, e dorme comigo todas as noites, agarrado a mim, e impede-me de me soltar dos lençóis enquanto me invade todos os pensamentos e busca o final do poço, até que um dia o encontrou e me repete todas as noites a mesma frase (é demasiado obscura para ser transcrita).

Sinto-me livre, livre mas preso ao mesmo tempo, como se pudesse fazer de tudo neste mundo embora havendo sempre algo que me impede.

Estou a estragar a felicidade com estes pensamentos, e talvez vá estragar a dos outros, talvez vá, talvez não mas agora vou me limitar a dar comida ao meu monstro, estou a morrer de fome.

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