Eu venero-te, e esse é o pior dos meus pecados

Eu venero-te, e esse é o pior dos meus pecados.
Venero essa tua carne, que cria desejos obsoletos e para além do imaginável enquanto a tua genialidade me sufoca e prende, não só a cama que partilhamos mas sim a presença que ambos agarramos.
Venero as linhas do teu corpo enquanto por ele escrevo, mais um verso ou outro enquanto tu, tranquila, dormes e suspiras como se sonhasses com cada gemido teu por entre luzes e olhares perturbadores.
Venero a tua voz, que sacia o sangue do meu sangue e que torna todo o peso do meu corpo mais leve enquanto partilho o meu "estar" contigo sem lençóis que nos cubram e nos deixem com o suor a passar por entre os nossos dedos.
Venero as noites que partilhamos a venerarmo-nos um ao outro e tu? Veneras-me tal e qual como eu te venero? Mas agora deixa-me acabar os versos no teu corpo e mais tarde, com suspiros e gemidos, talvez me respondas.

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